Sunday, July 1, 2007

O filho perfeito

A Taty, nossa colaboradora oficial do blog - agora também oficialmente graduanda em direito pela FMU, trouxe hoje para nós mais uma excelente leitura! Vamos a ela:

Havia na Índia um carregador de água e seus dois filhos que transportavam com as pontas de uma vara que levavam atravessada no pescoço - dois potes grandes de barro. Um dos filhos tinha uma deficiência na perna e o outro era perfeito.

O filho perfeito chegava sempre cheio ao final do longo caminho que ia do poço até à casa do patrão. Mas o deficiente chegava apenas com metade da água. E assim, durante dois anos, o carregador e seus filhos entregaram diariamente um pote e meio de água na casa do seu senhor.

O filho perfeito, é claro, estava orgulhoso do seu trabalho. O deficiente, porém, estava envergonhado da sua imperfeição. Sentia-se miserável por apenas ser capaz de realizar metade da tarefa a que estava destinado.Depois de perceber que, ao longo de dois anos, não tinha passado de uma amarga desilusão, o filho disse um dia ao pai, à beira do poço:- Estou envergonhado e quero pedir-te desculpa. Durante estes dois anos só entreguei metade da minha carga, porque a minha perna faz com que a água se vá derramando ao longo do caminho. Por causa do meu defeito, tu fazes o teu trabalho e não ganhas todo o salário que os teus esforços mereciam.

O homem ficou triste com a tristeza do filho, e disse-lhe com compaixão:- Quando voltarmos para casa do meu senhor, quero que repares nas flores que se encontram à beira do caminho. De fato, à medida que iam subindo a montanha, o filho deficiente reparou em que havia muitas flores selvagens à beira do caminho e ficou mais animado.

Mas no final do percurso, tendo-se vazado mais uma vez metade da água, o filho sentiu-se mal de novo e voltou a pedir desculpa ao pai pela sua falha. Então, o pai disse ao filho:- Reparaste em que, ao longo do caminho, só havia flores de teu lado? Reparaste também em que, quando vínhamos do poço, todos os dias, tu ias regando essas flores? Ao longo de dois anos, eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Se tu não fosses assim como és, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa. Linda não??

Moral da história não importa como somos magros, altos, baixos, gordos, deficientes cada um tem seu valor para com a sociedade....ninguém é inutil....é como se a vida fosse um quebra-cabeça... cada peça se encaixa em um lugar, nenhuma fica sobrando.... espero que tenham gostado!
- Taty

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